ENTENDENDO O PROCESSO DE INVENTÁRIO: REQUISITOS E BENEFÍCIOS

O processo de inventário é fundamental para formalizar a transmissão dos bens deixados por uma pessoa falecida aos seus herdeiros e sucessores. No estado de Minas Gerais, existem diversos requisitos, prazos e modalidades que devem ser considerados. Neste artigo, abordaremos os principais aspectos do inventário, incluindo as diferenças entre o judicial e o extrajudicial, a representação do falecido, e as regras para pagamento de tributos.

Requisitos Obrigatórios do Inventário

Para iniciar o processo de inventário em Minas Gerais, é imprescindível considerar os seguintes requisitos:

  1. Certidão de Óbito: Documento essencial para dar início ao processo.
  2. Relação de Bens: Listagem detalhada dos ativos do falecido, como imóveis, veículos e investimentos.
  3. Relação de Herdeiros: Identificação de todos os herdeiros legais ou testamentários.

Prazo e Desconto para Pagamento do ITCMD

O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) possui uma alíquota de 5% no estado de Minas Gerais. Vale ressaltar um incentivo para pagamento antecipado:

  • Desconto de 15%: Se o pagamento do ITCMD for realizado dentro de 90 dias do falecimento, um desconto de 15% é aplicado, representando uma economia significativa.

Quem Representa os Bens, Dívidas e Obrigações do Espólio: Inventariante

O inventariante é responsável pela administração dos bens, dívidas e obrigações do espólio durante o inventário. De acordo com o Art. 617 do Código de Processo Civil, o juiz nomeará inventariante na seguinte ordem:

I – o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;

II – o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados;

III – qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio;

IV – o herdeiro menor, por seu representante legal;

V – o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se toda a herança estiver distribuída em legados;

VI – o cessionário do herdeiro ou do legatário;

VII – o inventariante judicial, se houver;

VIII – pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial.

Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar a função.

Diferenças Entre Inventário Judicial e Extrajudicial

A escolha entre o inventário judicial e o extrajudicial deve considerar a situação específica dos herdeiros e bens:

Inventário Judicial:

  • Indicado quando: Há herdeiros menores ou incapazes, falta de consenso entre herdeiros, ou em casos de testamento, salvo ausência de conflitos.
  • Vantagens: Maior segurança jurídica e supervisão rigorosa.
  • Desvantagens: Processo mais demorado e custoso.

Inventário Extrajudicial:

  • Indicado quando: Todos os herdeiros são maiores e capazes, há consenso, e o testamento, se houver, está homologado.
  • Vantagens: Rapidez e menores custos.
  • Desvantagens: Exige consenso absoluto e algumas limitações relativas a testamentos.

Conclusão

O inventário é um procedimento necessário para assegurar a justa divisão dos bens de uma pessoa falecida. Em Minas Gerais, cumprir os requisitos legais e aproveitar descontos tributários pode facilitar o processo. Optar entre inventário judicial ou extrajudicial dependerá das circunstâncias específicas de cada caso. Consultar um advogado especializado é essencial para orientar na escolha do melhor caminho.

Caso tenha interesse em obter mais informações, entre em contato conosco, pelo telefone (37) 99182-0080 (WhatsApp), ou pelo e-mail contato@aradvs.com.br, para que possamos lhe ajudar.

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